Lapinha da Serra

A história de Lapinha da Serra

 

Lapinha da Serra, um charmoso vilarejo localizado em Santana do Riacho, região da Serra do Cipó, guarda histórias e belezas naturais inestimáveis.

 

Cercado de lindas cachoeiras, rios e montanhas e palco de belíssimas flores, é o lugar perfeito para quem procura sossego, tranquilidade descanso e até mesmo a prática de esportes radicais, como montain bike, treeking e canoagem. Neste post você conhecerá um pouco mais sobre a História da Lapinha da Serra.

O vilarejo guarda os valores da edução e hospitalidade mineira, sua população recebe bem os visitantes mas impõe regras para manutenção do meio ambiente e da tranquilidade.

No vilarejo não é permitido som alto, transitar com trajes de banho ou jogar lixo nas ruas, rios e matas.

Em Lapinha da Serra é possível desfrutar da saborosa comida mineira em seus excelentes e rústicos restaurantes ou se hospedar em pousadas, chalés, casas e bangalós.

Lapinha da Serra faz parta da APA (Área de Proteção Ambiental), com isso não é permitido transitar de veículos motorizados pelas trilhas e cachoeiras. Mais um motivo para você passear sossegado, curtindo o som dos pássaros e do vendo que rebate no paredão de pedra.

Lapinha da Serra também guarda um importante sítio arqueológico, mantido pela população e preservado.

Um pouco de história

Lapinha da serra, assim como Santana do Riacho, foi criada para servir como ponto de apoio aos tropeiros que faziam este percurso antes da explosão da exploração do diamante. Os primeiros colonizadores de Santana do Riacho construíram uma capela em outubro de 1759 ao redor da qual a população foi se instalando. A partir de 1836, com o nome de Riacho Fundo, foi incorporado como distrito por diferentes cidades: Morro do Pilar, Conceição do Mato Dentro, Santa Luzia e Jaboticatubas.

Em dezembro de 1962, com a esperada emancipação, Riacho Fundo passou a se chamar Santana do Riacho. Esta região começou a se desenvolver ainda no século XVIII, desbravada por bandeirantes.

A partir do século seguinte, os tropeiros trataram de interligar as áreas povoadas através do comércio, transportando cachaça, rapadura, farinha etc, em lombos de burro. Existem muitas histórias sobre a Lapinha na versão de seus antigos moradores, embora muitas delas tenham se perdido. Uma dessas versões conta que a Lapinha foi fundada por apenas três famílias que trabalhavam em fazendas da região, no início do século passado. Até hoje, quase todos os moradores possuem um grau de parentesco, gerando uma série de casamentos consangüíneos e levando alguns moradores a procurar maridos e esposas fora da vila.

A economia local é voltada basicamente para subsistência, agricultura familiar e pecuária leiteira em baixa escala. O ecoturismo tem se mostrado uma alternativa para o desenvolvimento local.

O Poço do Soberbo (maior poço do entorno da Serra do Cipó) na região da lapinha da Serra, conta-se uma estória da época, que virou lenda. Os americanos desviaram o Rio de Pedras para poder explorar diamantes, com pouco sucesso. Houve um caboclo que encontrou um diamante fenomenal, de tamanho e beleza incomuns. Pegou a pedra na beira d’água e exclamou: “Com uma peça desta, nem Deus pode comigo!”

Pronto! A pedra escorregou de sua mão e caiu água abaixo. Desesperado, ele pulou e, até onde se sabe, ele ainda não retornou. O pico do Breu, ponto mais alto da Serra do Cipó, é localizado na Lapinha da Serra, em Santana do Riacho. Com 1687 metros, pode ser visualizado de regiões distantes. O Pico do Breu só não é mais famoso que o seu vizinho, o Pico do Turista, ou Falso Breu, que está localizado bem ao lado da comunidade da Lapinha da Serra.

Quando os turistas procuram informações sobre o Pico do Breu, querendo subi-lo e conhecê-lo, os moradores do local indicam o pico ao lado, que está mais acessível que o verdadeiro que se encontra a quase 6 quilômetros de difícil caminhada de um dia inteiro. O interessante é que o falso Pico do Breu é bem mais bonito e gratifica o turista com uma das vistas mais belas de toda região, como a Represa Coronel Américo Teixeira ao fundo.